Lilian Reis
Acho que como tudo em minha vida, começar a escrever foi apenas uma
questão de tempo. Sempre demonstrei, mesmo que inconscientemente, uma
grande atração pelas letras, e, eu não poderia deixar de escrever
algumas ideias que são tantas e verdadeiramente interessantes.
Dia
desses busquei lá do fundo de minha alma o que estava perdido e
encontrei vários sentimentos e emoções. Senti uma vontade enorme de
escrever. Deixei-me levar pelo entusiasmo e rabisquei algumas linhas,
pequenos fragmentos do que seria meu eu lírico; e ele tem vontade, tem
ilusões. Busquei entender os motivos pelos quais sempre quis escrever e
nunca tive coragem. Comecei, então, dar vida ao meu delírio.
Voltando no tempo, lembro-me de querer ser Secretária Executiva,
sempre achei o máximo ver aquelas mulheres bem vestidas e elegantes, com
suas pastas nas mãos e seus penteados bem feitos. Mulheres de fibra,
inteligentes, sempre bem maquiadas; queria aquilo para mim. No fundo, eu
acho que nem sabia o que eu queria. Nunca pensei na hipótese de ser
Escritora. Eu mal conseguia fazer uma “comunicação”!
Meu pai queria
que eu prosseguisse com meus estudos, mas, na época, eu achava que
estudar era tão difícil, que desisti sem mesmo tentar...
Um
Escritor sempre escreve com a alma..., e para ilustrar isso, preciso
dizer que acho que sempre tive alma de escritora, contudo eu não
entendia. Gosto muito de escrever. Amo, na verdade. Tudo que penso acho
que pode ser passado para o papel. E é talvez por esse motivo que
resolvi expor todo o conteúdo de minha ilimitada memória.
A
vida nos leva por caminhos sinuosos, difíceis, errados ou talvez, apenas
nos deixa parados, e, somos nós, que escolhemos que caminho seguir; no
meu caso, passei por vários atalhos, contudo acabei graduando-me e
chegando aqui.
A escrita sempre esteve contida em mim, mesmo que
bem lá no fundo, mas agora, eu estou contida na escrita. Agora ela
aparece, e vem com força total. Transforma meu pequeno mundo num Globo, e
por sua causa eu estudo lugares, descubro peculiaridades, meto-me a ser
artesã, pintora, escultora, e outras dezenas de profissões.
Através da escrita, me tele transporto para onde eu quiser, depois tenho o prazer de narrar uma boa história.
Verdade seja dita, há sim um pote de ouro no final do arco-íris. Isso
foi contado e eu já o vi. Atravessei essa ponte imaginária e dei de cara
com a felicidade.
O meu eu agora tem vida própria, e desta maneira
consigo e sei contar tudo que vejo e posso contar tudo que sonho. Basta
que eu acredite na voz que me fala e na imagem que vejo em minha
memória de sonhadora.
Hoje, dia em que resolvi colocar no
papel meus pensamentos, talvez seja o dia mais frio do ano, e,
provavelmente, será uma longa noite, uma vez que consigo pensar melhor
no escuro. Penso, memorizo e logo escrevo por medo de perder o conteúdo
de minhas ideias.
Imagino as mais variadas histórias com
mocinhos, mocinhas e bandidos, mas também penso em poemas, canções e o
meu fraco, as histórias de amor. Aqui, o importante para mim é o que
consigo colocar no papel. De uma coisa eu tenho certeza, ler e escrever é
ter a possibilidade de viajar por lugares ainda inexplorados. Basta
fechar os olhos e imaginá-los.
Assim, à noite, enquanto alguns
voltam do trabalho no frio da madrugada enfrentando o uivo do vento e
sentindo suas mãos congelarem pela temperatura baixa e cruel, eu procuro
entender o porquê das coisas; procuro dar vida a alguns personagens.
Procuro viver alguns deles para contar para você uma linda história. É
isso que me motiva é isso que me dá prazer!
***
Palavras da autora:
Lilian
Reis, sou casada, tenho dois lindos filhos. Graduei-me em Letras
Português/Inglês. Sou louca por cinema e séries, amoooo leitura e
escrita. Gosto de escrever contos e histórias longas e tenho a maior
dificuldade em parar de escrever. Ninguém me incentivou a ler ou
escrever. Desde quando tinha 13 anos gostava de passar em frente a uma
banca e ficar horas lendo sinopses de romances. Comprava compulsivamente
e depois comecei a trocar com as amigas. Fazíamos o que chamam hoje de
“book tour”. Rsrsrs. Conseguia ler um livro daqueles em dois dias. Acho
que daí surgiu a minha paixão pela escrita. Eu ficava imaginando que
poderia ser eu ali, no lugar daquela personagem.
Entretanto, a vida
nos desvia às vezes de nossos objetivos, embora eu jamais pensasse em
escrever. Eu nunca imaginei que seria escritora. Como disse acima eu nem
sabia o que eu queria.
Primeiro dediquei-me com afinco ao
trabalho. Eu trabalhava num Jornal de grande circulação em Belo
Horizonte, com pequenos anúncios. Sai desta empresa e dediquei-me à
minha família, exclusivamente. Para passar o tempo eu fiz alguns cursos
de artesanato e trabalhei como artesã por muito tempo, até que vi meus
filhos crescidos e senti que era hora de cuidar de um sonho antigo.
Cursar faculdade.
Foi na faculdade que me atrevi a escrever. Comecei
a gostar de tecer textos e compilar ideias, entretanto não tinha
coragem de mostrar a ninguém o que eu escrevia, até que um professor leu
um conto meu e levantou meu astral. Ele incentivou-me a nunca deixar
meus escritos nos fundo da gaveta. Ele é um homem sábio e muito culto,
Professor Doutor e também Escritor Luiz Roberto Wagner.
Então,
quando enviei o primeiro conto para ele, surpreendeu-se. Vivemos de
incentivo, quanto mais às pessoas nos incentivam, mais a gente adquiri
confiança. Resolvi então enviar outro e mais outro e ele só elogiava. Eu
já havia escrito um romance e havia finalizado. Quanto mais eu escrevia
mais ele me dava força. Comecei assim a buscar conhecimento acerca da
escrita criativa. Vi vários vídeos de uma fofa que me incentivou muito
Lycia Barros. Vi entrevistas, e uma das entrevistas que mais me motivou
foi a de André Vianco. O exemplo dele e de Talita Rebouças é fantástico.
Li muito durante todo o curso da faculdade. Li todos os gêneros e
acredito que é lendo que se adquire certo traquejo e enriquece o
vocabulário.
Escrever o livro “Eu, meu pai e outros amores”..., foi a
coisa mais gostosa do mundo. A história surgiu assim do nada. Sempre
quis escrever algo que falasse do amor em todas as formas. Então pensei
na história de uma adolescente que viu seu mundo desabar e precisava
reerguê-lo.
Fiquei lendo e relendo a histórias várias vezes e
sempre encontrava algo que achava que poderia ficar melhor. Larguei o
arquivo salvo e comecei a escrever outras histórias. Tenho algumas
coisas escritas. Rsrs. Contudo cismei com a história de Jade. E, um dia,
vendo o vídeo do “Papo Literário” da Lycia Barros eu adquiri coragem e
fiz uma sinopse. Entrei no site de algumas Editoras e as inscrições não
estavam abertas. Esqueci o assunto e adiei meu lindo sonho por mais
algum tempo até que. Atinei de entrar no site da Editora Novo Século. Vi
que havia uma oportunidade. Preenchi o formulário e, algum tempo
depois, entraram em contato comigo aprovando meu cadastro. Depois disso
foi muito rápido. E, graças a DEUS eis-me aqui falando com vocês.
Obras da autora:
Andressa Santos
quinta-feira, 6 de setembro de 2012